23 de mai. de 2011

A polemica do "kit gay" e o apego terceiro-mundista a velhos conceitos nossos

Um convênio firmado entre o Ministério da Educação (MEC), com recursos do FNDE e a ONG Ecos produziu kit de material educativo composto de vídeos, boletins e cartilhas com abordagem do universo de adolescentes homossexuais que será distribuída para 6 mil escolas da rede pública em todo o país do programa Mais Educação.

Parte do que se pretende apresentar nas escolas foi exibida ontem em audiência na Comissão de Legislação Participativa, na Câmara. No vídeo intitulado Encontrando Bianca, um adolescente de aproximadamente 15 anos se apresenta como José Ricardo, nome dado pelo pai, que era fã de futebol. O garoto do filme, no entanto, aparece caracterizado como uma menina, como um exemplo de um travesti jovem. Em seu relato, o garoto conta que gosta de ser chamado de Bianca, pois é nome de sua atriz preferida e reclama que os professores insistem em chamá-lo de José Ricardo na hora da chamada.

O jovem travesti do filme aponta um dilema no momento de escolher o banheiro feminino em vez do masculino e simula flerte com um colega do sexo masculino ao dizer que superou o bullying causado pelo comportamento homofóbico na escola.

Se aprovado pelo ministério, o kit  poderá ser repassado para estudantes do ensino médio das escolas públicas e não para crianças como estão divulgando

Após a polêmica sobre o chamado kit anti-homofobia, o ministro Fernando Haddad (Educação) não descartou hoje que o material possa sofrer alterações. Haddad disse ainda que parte do material recebido pela bancada evangélica da Câmara e divulgado como parte do kit “não saiu do MEC”.

Segundo o ministro, o kit foi entregue ontem à pasta e será avaliado pela comissão de publicação do órgão, que vai ouvir secretários estaduais e municipais sobre o conteúdo. Também serão chamados para discutir o kit deputados da bancada evangélica, católica e da frente parlamentar de defesa da família.
Como se ver a polêmica levantada pela bancada evangélica e por alguns meios de comunicação retrógrados, não tem razão de ser, visto que a sociedade civil será ouvida a respeito inclusive a própria bancada. Trata-se apenas de uma tentativa de polemizar a respeito de um assunto ja amplamente tratado contra a Presidente Dilma e o PT na campanha passada. O que não se pode é negar a um país com vocação para o primeiro mundo o direito de investir contra a homofobia, que às vezes começa na escola, com efeitos devastadores contra aqueles que sofrem tais preconceitos. 

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