5 de mai. de 2011

Extinguir a policia civil não resolve o problema da corrupção e das greves na instituição

A declaração do governador Wilson Martins (PSB), de que não descarta extinguir a Polícia Civil do Piauí, que passa por uma crise, com uma greve que já dura quase 30 dias e vazamento de informações de dentro da Polícia de que existe uma 'banda podre' com policiais corruptos, gerou discussão em todos as camadas da sociedade piauiense.

Wilsão tinha dito, como publicou a reportagem do 180graus, que vai avaliar a Polícia Civil do Piauí através de pesquisas para saber se está valendo a pena mantê-la. O governador chegou a dizer que vai analisar o "custo benefício" da instituição. "O governo paga um preço caro pelos serviços da Polícia Militar e Civil. É preciso analisar o custo beneficio. Vamos ver até que ponto vale à pena manter algo sendo que este algo está causando tantos problemas", afirmou.

O Problema é que a corrupção é endêmica nalgumas instituições do País.  Acredito até que esse seja o mal do século na administração pública. No entanto, extinguir a policia civil é um mal remédio. Uma receita desproporcional. Um antídoto cavalar. É como se para matar o carrapato tívéssemos que abater o boi. Certamente existem servidores públicos honestos, na própria agremiação ameaçada, que possam examinar, com isenção, a situação denunciada, produzir sindicâncias, inquéritos administrativos, enfim gerar dentro da legalidade, os instrumentos de extirpação da dita "banda podre" da policia civil estadual. Assim, sem que seja necessário extingui-la, passá-la a limpo, uma vez que a nossa segurança está acima de qualquer chaga existente na policia civil do Estado. Tais medidas evitaria a inconstitucionalidade da extinção aventada.

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