Era este o slogan do hospital Josefina Getirana: é público é da gente! Nesse tempo, um período não tão distante o hospital tinha plantão 24 horas, tinha consultas especializadas. Era comum se encontrar por lá ortopedista, cardiologista, ginecologista, urologista e cirurgião. Nesse tempo até o Dr. Walmir trabalhava ali e atendia normalmente. Não faltava medicamentos gratuitos e o povo era tratado com respeito.
Foi por isso que o Josefina Getirana passou a atender mais pacientes e gestantes que o Hospital Santa Cruz. Por isso também que o hospital foi premiado pelo Ministério da Saúde e pelo Unicef e obteve por dois anos seguidos o título de hospital amigo da criança, título este perdido meses depois da atual gestão.
Hoje a constatação é geral: o hospital Josefina Getirana já não é mais o mesmo. Não tem médico disponível, os equipamentos todos estão com defeitos ou funcionando precariamente. Não se faz mais nenhum tipo de ultra-som. Nem medicamentos o hospital disponibiliza mais para os seus internados. Muitas vezes os familiares de pacientes internos têm que comprar os seus próprios remédios e levar para o hospital.
Mas não fica só nisso não. A falta de alimentação, roupas pessoais e de cama adequadas para os pacientes internados denunciam a situação de abandono. A sujeira, o mau cheiro nas dependências do hospital são também absurdos deploráveis. Muitas vezes os acompanhantes é que lavam os banheiros trazendo de suas casas o material de limpeza.
Os administradores não podem alegar falta de recursos porque hoje o hospital recebe maior verba do que há três anos! Má gestão, falta de compromisso com a saúde pública são esses os principais motivos. Se já foi possível fazer mais com menos porque o hospital Josefina Getirana hoje sofre esse caos?
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| HGN o retrato do abandono à saúde pública na atual gestão |
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